Bishop Denis Chidi ISIZOH

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O SIGNIFICADO
​DO  DIÁLOGO INTERRELIGIOSO:
A PERSPECTIVA DA IGREJA CATÓLICA​

​Apresentação do 
Mons. Chidi Denis Isizoh
Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso,
Cidade do Vaticano
​​X Semana Teológica de Beira, Moçambique
27 de junho – 1o de julho de 2005
          Caros amigos, obrigado pela grande recepção. Gostaria de agradecer ao meu grande amigo bispo Luís Gonzaga Ferreira da Silva de uma maneira especial. Ele me convidou pela primeira vez para Moçambique. Ele facilitou essa segunda visita. Estou muito feliz por voltar a Moçambique pela segunda vez.
          Hoje, vamos falar sobre o diálogo religioso entre seguidores de diferentes religiões. Gostaria de fazer minha apresentação via PowerPoint.


1) As relações entre Católicos e pessoas de outras religiões não são novas
  • Contacto com missionários
  • Convivência diária nas aldeias e nas cidades com pessoas de outras religiões
  • Contactos históricos:      
               > Gregório VII
               > S. Francisco de Assis
               > Imperador Akbar
               > Cardinal Charles Lavigerie
               > Charles de Foucauld
  • Actividades dos Pontífices da nossa época: João XXIII, Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI
 
2) Significado geral do diálogo interreligioso
  • Encontrar pessoas
  • Iniciar o conhecimento da tradição religiosa de pessoas de outras crenças.
  • Envolve "interacção da presença mútua"; "falar e escutar"; e "testemunhar os compromissos, os valores, os rituais dos outros".
  • É "um encontro de pessoas de diferentes religiões, numa atmosfera de liberdade e abertura, para ouvir o outro, tentar entender a religião da pessoa, e com a esperança de encontrar possibilidades de colaboração".
  • Dialogo e Anúncio apresenta o diálogo interreligioso como: "comunicação recíproca", "atitude de respeito e amizade", "toda a relação positiva e construtiva com indivíduos e comunidades de outras crenças, que são orientadas ao mútuo entendimento e enriquecimento, na obediência da verdade e no respeito da liberdade", "testemunho e exploração de suas respectivas convicções religiosas"
  • O Papa João Paulo II (2 de set. de 1990 em Dar es Salaam, para os representantes dos líderes religiosos): diálogo significa comunicação recíproca, amizade e respeito mútuos, assim como a união de forças na compartilha de objectivos, tudo ao serviço da busca comum da verdade. No contexto do pluralismo religioso, o "diálogo é um conjunto de actividades humanas, todas elas fundadas no respeito e na estima pelas pessoas de diferentes religiões. Isso inclui a convivência diária na paz e na ajuda mútua, em que cada um dá testemunho dos valores aprendidos através das experiências de fé. Isso significa estar prontos para cooperar com os outros para melhorar a humanidade, e o objectivo comum de buscar a verdadeira paz. Isso significa o encontro de teólogos e especialistas de outras religiões para explorar, com seus parceiros de outras religiões, áreas de convergência e divergência. Onde as circunstâncias o permitirem, significa compartilhar experiências espirituais e intuitos”[1].
 
 
3) Pôr que a Igreja Católica está promovendo o diálogo interreligioso?
 
Supostas razões
  • desejo de controlar todas as religiões do mundo
  • modo inteligente de converter outras pessoas ao cristianismo
  • tentativa desesperada para impedir o rápido crescimento das outras religiões
  • tentativa de evitar guerras e conflitos
  • esforço para corrigir erros do passados, como as cruzadas etc.
 
Razões reais
O mandato de Cristo para os seus discípulos
  • O mandato é proclamar e testemunhar a Boa Nova (O amor de Deus pelo mundo é tão grande, que Ele nos enviou o seu único filho. Ele viveu no meio de nós. Ele sofreu, morreu e ressuscitou da morte. Ele salvou todas as criaturas de Deus)
  • Essa Boa Nova é para toda a criação
  • Os discípulos de Cristo, a Igreja e inclusive todos os cristãos são enviados em Missão para levar a Boa Nova até os confins do mundo. 

Significado da Missão:
  • Vaticano II,  Ad Gentes, n.5: “A missão da Igreja realiza-se mediante a actividade pela qual, obedecendo ao mandamento de Cristo e movida pela graça e pela caridade do Espírito Santo, ela se torna actual e plenamente presente a todos os homens e povos...”  A Missão é uma única, mas complexa e articulada realidade. Esta se expressa em várias formas.
  • Evangelii Nuntiandi (Paulo VI, 1975): constituída pela simples presença e pelo testemunho vivo da vida cristã (n.21)
  • Redemptoris Missio (João Paulo II, 1990) apresenta Caminhos de Missão: Testemunho (n. 42-43), Proclamação de Cristo Salvador (n. 44-45), Conversão e Baptismo (n. 46-47), Formação de igrejas locais (n. 48-51), Inculturação (n.52-54), Diálogo interreligioso (n. 55-57), Promoção do desenvolvimento (n.58-60).
  • Dialogo e Missão (PCID, 1984): simples presença e testemunho vivo da vida cristã; empenho concreto ao serviço da humanidade; todas as formas de actividades para o desenvolvimento social e para a luta contra a pobreza; e contra as estruturas que a produzem; vida litúrgica, oração e contemplação; testemunhos eloquentes de relacionamentos vivos e libertadores com um Deus verdadeiro e activo, que nos chama ao Seu reino e à sua glória; diálogo no qual os cristãos encontram os seguidores de outras tradições religiosas, no intuito de caminhar juntos rumo à verdade e de trabalhar juntos em projectos de interesse comum; anúncio e catequeses em que a Boa Nova do Evangelho é proclamada e suas consequências para a vida e a cultura são analisadas.
 
4) BASES IMPORTANTES PARA DIÁLOGO INTERRELIGIOSO.
  • O mesmo Deus criador de tudo
  • Deus instaurou um diálogo com a humanidade
  • Mesma natureza humana
  • Jesus Cristo é o salvador de todos
  • Cristo enviou a Igreja para todos
  • pôr amizade, para celebrar um e outro, para expressar nosso apreço pelo dom do outro
  • A coragem de empreender um diálogo, apesar dos obstáculos, é uma afirmação da confiança na graça de Deus, que actua na e através da Igreja (Redemptor Hominis, n.15)
 
5) FORMAS DE DIÁLOGO INTERRELIGIOSO.
  • Ad Extra: Vida, Académica, Espiritual
  • Ad intra: «Sankofa», Inculturação
 
6) CARACTERISTICAS DO DIÁLOGO INTERRELIGIOSO.
  •  Em Ecclesiam Suam (Paul VI, 1964): n. 58-91 (& 107-108) afirma que o diálogo digno desse nome deve ter certas características: respeito pela dignidade e pela liberdade humanas, clareza de expressão e linguagem, deve ser acompanhado pela mansidão, confiança, prudência, deve prosperar na amizade e, principalmente, no serviço
  • Em Redemptoris Missio (João Paulo II, 1990): n. 56: O espírito que deve animar o diálogo interreligioso inclui: coerência com as próprias tradições e convicções religiosas, disponibilidade para compreender as pessoas de outras tradições religiosas sem dissimulações, preconceitos, restrições, honestidade, humildade e lealdade, evitar falsos irenismos, perceber que o diálogo tende à purificação e à conversão interior
  • Em Dialogo e Anúncio (PCID/CEP, 1991): n.47-51, 53: atitudes equilibradas, convicção religiosa, abertura à verdade, paciência
 
7) PERIGOS A SEREM EVITADOS E OBSTÁCULOS AO DIÁLOGO INTERRELIGIOSO
  • relativismo da “atenuação ou diminuição da verdade” (Ecclesiam Suam n.88): “O nosso apostolado não pode comprometer-se com atitudes vagas quanto aos princípios teóricos e práticos característicos da nossa fé cristã”. De acordo com Dominus Iesus, o relativismo religioso, que leva à crença que uma religião é tão boa quanto outra, é fruto de uma mentalidade da cultura da indiferença.
  •  irenismo e sincretismo: são um desejo imoderado de fazer a paz e anular as diferenças a todo o custo, é, “ao fim de contas, nada mais que uma forma de cepticismo em relação a  força e o conteúdo da Palavra de Deus, que desejamos anunciar” (Ecclesiam Suam n.88)
  •  manipulação de religiões e pessoas: o diálogo “não nasce do oportunismo de tácticas do momento, mas é fruto de razões em que a experiência e a reflexão, e inclusive as próprias dificuldades, são aprofundadas”. (Diálogo e Missão n.20)
  •  base insuficiente de uma fé, insuficiente conhecimento e compreensão da crença e das práticas de outras religiões, dificuldades do passado, sentimento de auto-suficiência, falta de convicções em relação ao valor do diálogo interreligioso, suspeitas quanto aos motivos dos outros para dialogar, intolerância etc. (Dialogo e Anúncio  n.52)

8) COMO A IGREJA CATÓLICA VÊ AS OUTRAS RELIGIÕES?
 
Em Lumen Gentium (Vaticano II, 1964): n.16
  • Níveis de relacionamento entre as pessoas de diferentes tradições religiosas e os cristãos:
  • Os judeus são os mais próximos, porque eles são o povo que “recebeu a aliança e as promessas, e do qual nasceu Cristo segundo a carne” (n.16).
  • Os muçulmanos vêm em seguida, porque “eles professam seguir a fé de Abraão”. Com      os cristãos, “adoram o Deus único e misericordioso, que há-de julgar os homens no último dia” (n.16).
  • Outros que “na sombra e em imagens, buscam o Deus que ainda desconhecem; já que é Ele quem a todos deu a vida, respiração e tudo o mais e, como Salvador, quer que todos os homens se salvem” (n.16)
 
  • Salvação dos não-cristãos. A salvação de Deus se estende a: “àqueles que, ignorando sem culpa o Evangelho de Cristo, e a Sua Igreja, procuram, contudo, a Deus com coração sincero, e se esforçam, sob o influxo da graça, pôr cumprir a Sua vontade, manifestada pelo ditame da consciência”.... “àqueles que, sem culpa, não chegaram ainda ao conhecimento explícito de Deus e se esforçam, não sem o auxílio da graça, pôr levar uma vida recta” (n.16).
 
Em Nostra Aetate (Vaticano II, 1965)
  • Unidade de origem e destino
  • Todos estão engajados na busca de respostas para os problemas/enigmas da vida
  • A Igreja católica nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e santo (n.2), exorta os seus filhos a empreenderem, com prudência e caridade, diálogo e colaboração com os fiéis de outras religiões (n.2), olha com estima para os muçulmanos: eles adoram o Deus Único, vivo e subsistente,  misericordioso e omnipotente, criador do céu e da terra, exorta que cristãos e muçulmanos esqueçam não poucas discórdias e ódios, e sinceramente se exercitem na compreensão mútua e juntos defendam e promovam a justiça social, os bens morais e a paz e a liberdade para todos os homens (n.3), afirma o lugar privilegiado que o povo judeu ocupa pôr causa da aliança divina; reprova toda e qualquer discriminação ou violência praticada pôr motivos de raça ou cor da pele, condição ou religião: “Não podemos invocar Deus como Pai comum de todos, se nos recusamos a tratar como irmãos alguns homens, criados à Sua imagem” (n.4&5)

Em Dignitatis Humanae (Vaticano II, 1965)
  • Todos os seres humanos deveriam ser imunes da coerção
  • Todas as pessoas têm igualmente responsabilidade e liberdade
  • Proselitismo é contra a dignidade humana
 
Em Ad Gentes (Vaticano II, 1965)
  • O plano universal de Deus para a salvação da humanidade: “Deus, pôr caminhos que só Ele sabe, pode conduzir à fé, sem a qual é impossível ser-Lhe agradável”. O esforço para resgatar toda pessoa que ignora o Evangelho sem sua culpa constitui um imperativo para que a Igreja possa continuar o seu trabalho missionário (n.7).
  •  Testemunhar Cristo: É a tarefa da Igreja “oferecer a todos o mistério de salvação e a vida trazida pôr Deus, a Igreja deve inserir-se em todos esses agrupamentos, impelida pelo mesmo movimento que levou o próprio Cristo, na incarnação, a sujeitar-se às condições sociais e culturais dos homens com quem conviveu” (n.10). É preciso dar testemunho de Cristo.
 
Em Gaudium et Spes (Vaticano II, 1965)
  • A “Igreja, tendo sido enviada aos homens de todos os tempos e lugares, não está exclusiva e indissoluvelmente ligada a nenhuma raça ou nação, a nenhum género de vida particular, a nenhuma tradição, antiga ou moderna” (n.58). É tarefa da Igreja “fomentar e elevar tudo o que de verdadeiro, bom e belo se encontra na comunidade dos homens” (n.76)
 
 
9) ENCORAJAMENTO DOS CATÓLICOS PARA PROMOVER O DIALOGO INTERRELIGIOSO
  • Para os fiéis leigos
  • Para as Congregações e os Institutos religiosos
  • Formação de agentes pastorais
  • Para os sacerdotes
  • e para nós em África
 
10) AFIRMAÇÕES DOS RECENTES PAPAS
 
Paul VI 
(Evangelii Nuntiandi, n.53)
 
         Um tal anúncio destina-se também a porções imensas da humanidade que praticam religiões não cristãs que a Igreja respeita e estima, porque elas são a expressão viva da alma de vastos grupos humanos. Elas comportam em si mesmas o eco de milénios de procura de Deus, procura incompleta, mas muitas vezes efectuada com sinceridade e rectidão de coração. Elas possuem um património impressionante de textos profundamente religiosos; ensinaram gerações de pessoas a orar; e, ainda, acham-se permeadas de inumeráveis "sementes da Palavra" e podem constituir uma autêntica "preparação evangélica", para usarmos a palavra feliz do Concílio Ecuménico Vaticano II, assumida, aliás, de Eusébio de Cesaréia.
 
 
João Paulo II
(Pastores Gregis, n.68)
 
          Como já tive ocasião de afirmar em diversas circunstâncias, o diálogo entre as religiões deve estar ao serviço da paz entre os povos. De facto, as tradições religiosas possuem os recursos necessários para superar as divisões e favorecer a recíproca amizade e o respeito entre os povos. O Sínodo lançou o apelo aos Bispos para que se façam promotores de encontros, incluindo representantes dos povos, para reflectir atentamente sobre os litígios e as guerras que dilaceram o mundo, a fim de individuar caminhos percorríveis para chegar a um compromisso comum de justiça, concórdia e paz.
          Os padres sinodais sublinharam com ênfase a importância que o diálogo interreligioso tem para a paz, e pediram aos Bispos que se empenhem em tal sentido nas respectivas dioceses. Podem ser abertas novas estradas para a paz, através da afirmação da liberdade religiosa, de que falou o Concílio Vaticano II no Decreto Dignitatis humanae, e também através da obra educativa em prol das novas gerações, e do correcto uso dos meios de comunicação social.
          O horizonte do diálogo interreligioso, porém, é seguramente mais amplo; pôr esse motivo, os padres sinodais reafirmaram que tal diálogo é parte da nova evangelização, sobretudo nestes tempos – mais do que no passado – em que, nas mesmas regiões, nas mesmas cidades, nos lugares de trabalho da vida quotidiana convivem pessoas pertencentes a diversas religiões. Assim, o diálogo interreligioso é exigido pela vida quotidiana de muitas famílias cristãs, devendo também pôr isso os Bispos, como mestres da fé e pastores do Povo de Deus, dedicar-lhe uma justa atenção.
          Deste contexto de convivência com pessoas doutras religiões, nasce para os cristãos um especial dever de testemunhar a unicidade e universalidade do mistério salvífico de Jesus Cristo e a consequente necessidade da Igreja como instrumento de salvação para toda a humanidade. «  Esta verdade de fé nada tira ao facto de a Igreja nutrir pelas religiões do mundo um sincero respeito, mas ao mesmo tempo exclui de forma radical a mentalidade indiferentista imbuída de um relativismo religioso que leva a pensar que “tanto vale uma religião como outra” » (Dominus Iesus, n.22). É claro, pois, que o diálogo interreligioso nunca pode substituir o anúncio e propagação da fé, os quais constituem a finalidade prioritária da pregação, da catequese e da missão da Igreja.
Afirmar com desassombro e sem ambiguidade que a salvação do homem depende da redenção operada pôr Cristo não impede o diálogo com as outras religiões. E, na perspectiva da profissão da esperança cristã, não se há-de esquecer que é precisamente aquela que fundamenta o diálogo interreligioso. De facto, como se afirma na Declaração conciliar Nostra Aetate, «  os homens constituem todos uma só comunidade; todos têm a mesma origem, pois foi Deus quem fez habitar em toda a terra o inteiro género humano; têm também todos um só fim último, Deus, que a todos estende a sua providência, seus testemunhos de bondade e seus desígnios de salvação até que os eleitos se reúnam na cidade santa, iluminada pela glória de Deus e onde todos os povos caminharão na sua luz » (n.1).
 
 
Bento XVI
(Discurso a representantes de outras confissões cristãs e de outras religiões, 25.04.2005)
 
         Dirijo-me agora a vós, queridos irmãos de diversas tradições religiosas, e vos agradeço sinceramente pôr vossa presença na solene inauguração de meu pontificado…. Estou particularmente agradecido pela presença entre vós de membros da comunidade muçulmana e expresso meu apreço pelo crescimento do diálogo entre muçulmanos e cristãos, tanto no âmbito local como no internacional. Asseguro-vos que a Igreja quer seguir construindo pontes de amizade com os seguidores de todas as religiões para buscar o bem verdadeiro de todas as pessoas e da sociedade inteira.
         O mundo em que vivemos está com freqüência caracterizado pôr conflitos, violência e guerra, mas anseia ardentemente a paz, a paz que sobretudo é um dom de Deus, a paz pela qual temos de rezar incessantemente. Agora, a paz é também uma tarefa na qual devem comprometer-se todos os povos, especialmente os que professam sua pertença às religiões tradicionais. Nossos esforços para superar as diferenças e fomentar o diálogo são uma valiosa contribuição para construir a paz sobre fundamentos sólidos.


[1] João Paulo II, Insegnamenti 1987, X/1, p. 1451, No. 4.

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